Mario Waddington
O rio, tortuoso e pedregoso...
Como a estrada da vida,
Calmo ou violento,
Nunca deixa de seguir seu ininterrupto curso.
Como folhas secas e sem vida,
Muitos se agarram à sua beira,
Na tentativa de fugir das inevitáveis surpresas
Que apagam o brilho do momento,
Mas ilumina o espírito no seu eterno tempo.
O rio sabe que o oceano o espera,
Mas o homem, como a folha desgarrada, se amedronta,
E prende-se à pedra da ilusão,
Na vã tentativa de fugir do incerto destino.
Mas se romper os liames da incerteza,
E se deixar flutuar na transparência das águas,
Dissipa-se o medo no frescor da corrente incontida,
Para, exultante, retornar a sua fonte,
A confiança do pássaro ensina,
Quando no seu primeiro vôo
Lança-se de sua arvore segura,
Que todos nós somos singelos protagonistas,
Na imensurável força da vida.
terça-feira, 9 de outubro de 2007
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